As redes sociais estão repletas de influenciadores exibindo suas rotinas de cuidados com a pele, conhecidas como skincare. Com vídeos envolventes e embalagens atrativas, muitas marcas têm focado no público infantojuvenil. Embora possa parecer "fofo" ver meninas jovens cuidando da aparência, essa prática pode trazer sérios riscos à saúde da pele.

Quais os riscos de meninas fazerem skincare?
O uso inadequado de produtos cosméticos por crianças pode provocar efeitos adversos, como vermelhidão, coceira, manchas e até queimaduras. Fórmulas voltadas para adultos, que contenham ingredientes como ácidos, retinoides e antioxidantes em altas concentrações, podem danificar o tecido sensível e ainda em desenvolvimento da pele infantil.
A pele de uma criança é mais fina e tem uma barreira de proteção imatura, o que a torna mais suscetível a irritações e alergias. O uso precoce de produtos inadequados aumenta o risco de sensibilização e reações alérgicas no longo prazo. Além disso, algumas fórmulas contêm disruptores endócrinos, substâncias químicas que podem interferir no equilíbrio hormonal da criança.

Quais cosméticos uma criança pode usar?
A partir dos 10 anos, crianças podem começar a utilizar produtos básicos e apropriados, como sabonete neutro em gel ou loção, loção tônica para equilibrar o pH da pele, hidratante leve e protetor solar. No entanto, é fundamental que um dermatologista seja consultado para orientar o uso de qualquer cosmético, e para monitorar quadros como acne ou dermatite.
Os pais também devem supervisionar o uso de produtos para evitar que as meninas utilizem cosméticos sem recomendação médica. Além disso, é importante estar atento para identificar se o foco excessivo na aparência não está relacionado a questões psicológicas, como baixa autoestima ou pressão estética.
A preocupação precoce com sinais de envelhecimento, que nem sequer apareceram, pode impor padrões de beleza inatingíveis e prejudicar o desenvolvimento psicossocial das crianças.
Créditos: vidasaudavel.einstein.br
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